terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre atritos ou um universo de verdades


Muitas vezes sou assombrado pelo cotidiano. As rotinas, vida repetida diariamente, chegam a me assustar. Não pelas ações em si, mas pela incorrigivel e desnecessaria noção de tempo (perdido!). Sinto que a vida passa diante de meus olhos e o cotidiano (sempre ele) me rouba a possibilidade de viver minha verdade. Sim, são escolhas! Mas não as fazemos sozinhos. Existe um universo de relações que nos cerca. Existem pessoas, outras vidas, que compõem o todo da existência. Até tento tornar mais nítida a linha que separa meus momentos de existir sozinho da minha vida em sociedade. Mas não consigo e não sei se é possível. Será que essa segregação existe? Vivemos assim, transitando entre nossas verdades e a dos outros, e é isso que constrói esse mundo, que traz beleza e sentido para o fato de estarmos aqui. O cotidiano é somente o reflexo dessa transição. Muitas vezes desgastante, monótono, angustiante, ele também nos torna adaptáveis e fortes, características essenciais para viver.

O mundo é isso. Sou eu, é você. Juntos e em atrito!

Hasta
Vide Alex

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