quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sobre medos e suas razões...

O fato de sentir medo de algo não me incomoda. Algo concreto, paupável ou simplesmente justificável. O que, realmente, me irrita é a instabilidade. A razão ou o que traz sentido àquele sentimento, de repente, se torna incompreensível. Ora faz sentido, ora não. É um quebra-cabeça que está montado, se desmonta rapidamente, e volta a ser montado.
Sem ser prolixo acredito que meus medos atuais (e que serão eternos!!!) são, perfeitamente, compreensíveis e bem fundamentados, se é que é possível classificá-los assim. Porém, não posso me submeter a esse jugo opressivo. É uma profusão de pensamentos, preocupações (muitas desnecessárias!) e medos. Mas acho que essa agonia está mesmo pautada no fato de não entendê-los muito bem. E para isso minha amiga Clarice (a Lispector) já disse um dia:

"Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Então...procuro seguí-la. Já não procuro mais entender, apenas viver!!!

Hasta

Vide Alex

Um comentário:

Anônimo disse...

Medo??? Vem que eu te pego no colo, canto musiquinha de ninar e faço cafuné!!!!!!